A dificuldade por parte do mundo das organizações em aprender com o mundo natural que é na diversidade que reside a capacidade de adaptar-se e sobreviver aos choques imprevistos que ocorrem no seu ambiente é um dos grandes mistérios da gestão. A crença na importância de uma cultura homogénea foi provavelmente responsável, nas últimas crises, pelo declínio ou desaparecimento de empresas até então consideradas exemplares.
É certo que a necessidade de uma maior diversidade – de género, de cultura, de gerações, de etnia – foi-se impondo por razões éticas, embora ainda por vezes considerada um obstáculo à maximização da eficiência a curto prazo.
Hoje, porém, começa a fazer caminho o ideal da diversidade cognitiva: a existência de diferentes formas de pensar dentro de uma organização, que lhe dão a capacidade de adotar uma multiplicidade de pontos de vista sobre os problemas que enfrenta e de não ser apanhada de surpresa por aqueles que tendem a ser ignorados pela cultura dominante.
Venha conhecer empresas que se distinguem pela preocupação em escapar à armadilha do ‘groupthink’ e as políticas, as práticas e os processos que desenvolveram para o conseguir.

UM EXEMPLO
Empresa: 3M
Problema: infeções em feridas cirúrgicas
Solução encontra por:
– Especialista em cicatrização
– Cirurgião veterinário
– Maquilhador profissional que sabia como fazer aderir o produto à pele

ORADOR
Pedro Ramos – Diretor de Recursos Humanos do Grupo TAP Air Portugal e Vice presidente da APG – Associação Portuguesa de Gestão das Pessoas. Docente universitário.
Foi Diretor de RH e Vogal do Conselho de Adminstração da Groundforce com os pelouros de Recursos Hunanos, Comercial, Operações e TIC. Foi Diretor de RH de várias outras empresas.
É Mestre em Sociologia do Emprego pelo ISCTE e Doutor em Economia da Empresa e Finanças pela Universidade Rey Juan Carlos.